"Futebol não é coisa de mulher". "Esporte é pra homem". Quantas vezes você já ouviu essas frases? Nós nunca acreditamos nelas, mas passamos a vida apenas com referências masculinas nessa área. Era só ligar a TV para ver homens jogando, homens narrando, homens comentando, homens reportando...será que não poderia ser um pouquinho diferente?
Foi com a convicção de que lugar de mulher também é no esporte, que criamos em 2015 o Dibradoras. Começou como um projeto para dar visibilidade às mulheres no esporte. Se os outros veículos só traziam notícias esportivas com homens como protagonistas, no Dibradoras elas teriam todo o protagonismo: a notícia seria feita por elas, comentada por elas e seria sobre elas. A ideia era trazer as mulheres para os holofotes do esporte. Um pouco ousado né? Afinal, esporte feminino não dá audiência e ninguém quer ver mulher falando de futebol, certo? Errado. Nos últimos cinco anos, nosso trabalho mostrou o contrário.
Começamos com um discreto blog, hoje estamos no Uol e na Folha. A gente falava pra algumas centenas, hoje falamos para centenas de milhares nas redes sociais. Nossa primeira cobertura foi a da Copa do Mundo de 2015 à distância, quando pouca gente falava dela, depois a Rio 2016 e aí chegamos ao Mundial da França em 2019 cobrindo o torneio in loco e aparecendo no topo dos veículos de imprensa que falavam sobre o torneio nas redes sociais. Entrevistamos mais de 100 mulheres nos podcasts da Central 3 e hoje trazemos semanalmente (em tempos de pandemia, quinzenalmente de maneira temporária) as principais notícias do universo esportivo feminino no B9.
Enquanto a mídia tradicional esportiva faz 97% da sua cobertura focando em esportes masculinos - e dedica só 3% aos esportes femininos -, nós fazemos 100% da nossa cobertura focada no protagonismo das mulheres no esporte.