Em defesa da vida e da liberdade
COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS OAB SP·TERÇA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2019·
No dia 27 de agosto de 1980, uma carta-bomba enviada ao então presidente do Conselho Federal da OAB, Eduardo Seabra Fagundes, explodiu nas mãos de sua secretária, Lyda Monteiro da Silva, tirando sua vida. Dona Lyda tinha 59 anos e trabalhou na OAB durante 4 décadas e era sua mais antiga funcionária.
No mesmo dia, como resposta, a OAB criou sua Comissão Nacional de Direitos Humanos e aprofundou seu engajamento na luta pelo fim da ditadura e pela reconstrução do Estado de Direito.
Pouco meses depois, uma decisão do Conselho Federal da OAB replicou a iniciativa e determinou a criação de Comissões de Direitos Humanos em suas seções estaduais. Foi assim que surgiu, em janeiro de 1981, a Comissão de Direitos Humanos da OAB SP.
Desde então, ela vem atuando nas mais diversas plataformas de Direitos Fundamentais no Estado de São Paulo, conquistando reconhecimento e respeito perante as instituições públicas dos três poderes republicanos, as organizações não governamentais e a sociedade.
Em 2015, apurações da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, com base em depoimentos de testemunhas e fotografias, concluiu que o atentado contra a OAB que vitimou Dona Lyda teve a participação do sargento do Exército Magno Cantarino Motta, codinome Guarany, que entregou a falsa correspondência na sede da OAB; do sargento Guilherme Pereira do Rosário, que confeccionou a carta-bomba; e do coronel Freddie Perdigão Pereira.